quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Deixei a porta aberta

Joguei fora as chaves e deixei a porta aberta. Estou preso na minha própria liberdade. Estou solto para fazer o que quiser, posso saciar todas as vontades. Menos uma. Deixei a porta aberta, se tu quiseres entrar, não precisa nem bater. Aquele quarto que antes tinha vergonha de mostrar, agora está vazio esperando tu chegar. Podes vir a qualquer hora, ficarei aqui esperando...Esperando...Esperando. Espera, a culpa foi minha. Eu sei que foi. Mas eu ainda estou aqui pra tentar acertar. Pra deixar no passado aquele cara que pouco se fez diferente de tantos outros na multidão. Meus dedos cansados de tocar para ti. Minha voz já rouca de cantar sem tu ouvir. Meus olhos secos igual pó já não derramam mais lágrimas, mas ainda buscam ao horizonte enxergar teu sorriso adentrando minha porta como um raio de luz por meio as frestas. Este dezembro é o mais frio de todos, já que estás a aquecer outro abraço. Um abraço que já foi meu, um perfume que já adormeceu comigo, um olhar que poucos viram, mas que estará na minha memória até onde Deus permitir, até quando existir forças para lembrar, até o dia em que o vento irá fechar a porta que deixei aberta esperando tu voltar.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Eu hoje fui na praça


Eu hoje fui na praça. Aquela em que costumava ir. Fiquei lá sentado observando. Não parecia o mesmo lugar que eu frequentava, estava escura, vazia, fria. Talvez fosse o ângulo em que eu estava, eu nunca estive ali. Via tudo de fora e pude perceber cada ato que ali foi representado. Vi amigos jogados na grama, brincando depois de terem bebido batida de coco e também pude ver o vômito no chão. Vi um beijo sendo roubado sob a luz de uma das luas mais bonitas. Vi pulos, corridas, alongamentos e jumps sendo praticados com uma gana de vencer os próprios limites. Ouvi o som do violão sendo entoado pelos primeiros três acordes aprendidos. Senti cheiro de fumaça, de perfume. Presenciei até uma abordagem policial, talvez a mais inocente de todas, pegos em flagrante cometendo um crime hediondo: Andar de gangorra e escorredor em meio a flashes que capturavam momentos de pura diversão. Pude ouvir as risadas, os gritos histéricos, a distorção da guitarra elétrica, aplausos, rolamento de skate, silêncio. Silêncio. Tudo estava quieto. Somente o vento fazia as folhas mexerem. Os tocos de cigarro que caiam entre os dedos podiam até ensurdecer. A solidão estava à me acompanhar. Tudo aquilo que presenciei naquele local agora era passado. Tinha ficado em um outro tempo onde eu podia dizer que era feliz. Ali estava eu sentado sobre as minhas mãos que antes segurava outra, e outra, e outra... Segurava a amizade acima de tudo, acima de qualquer momento feliz, acima de qualquer experiência repartida, acima de todos os planos ali pensados. Agora eu estava só, não sentia mais o calor do abraço, mas sim o frio do vento batendo nas minhas lágrimas.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

...Na primavera ou em qualquer das estações...


Algumas vezes sinto muita raiva, outras uma profunda tristeza por saber que não sou nada além de uma simples alma vivente que só tem algum valor mesmo para Aquele que nunca me desapontou, por outro lado sei que se Deus está comigo eu nada devo temer. Acontece que simplesmente eu não consigo entender as pessoas, talvez da mesma forma como muitos não me entendem. E toda essa falta de entendimento, de reconciliação resulta num medo insuportável de perder todos à minha volta. Como muitos comentários que ando lendo, eu também queria "parar de pensar", "parar de lembrar" o quanto foi bom ter a amizade de muitas pessoas, essas que acreditei com todas as forças que seria para sempre, que seria de irmão mesmo, e hoje preciso controlar a raiva, segurar a lágrima e perder a esperança de receber ao menos um sorriso, um oi, um passeio, uma janta, um violão, um filme, um abraço... Não, acredite, eu nunca fiz nada pra receber em troca, mas a falta dessa reciprocidade mostra, ou pelo menos me faz entender que muitos daqueles que tiveram minha total dedicação não se importam o suficiente para fazer por mim oque eu fiz, isso dói bastante. O simples fato de omitir problemas como se eu fosse tanto um "merda" que não é capaz de dar um conselho, de estender a mão me desarma, me desaba e faz com que eu crie na minha cabeça meu próprio perfil, e vai por mim, ninguém gostaria de se achar assim. Fico com raiva de mim mesmo por estar escrevendo isso aqui, mas isso é o de menos pra tudo que tenho vivido nas ultimas semanas, se aqueles que considerei eternos amigos não ligam pra mim, os outros que pensem oque quiserem. Costumava dizer que "tenho que me preocupar com a opinião de quem me acrescenta algo positivo, o resto que engulam suas críticas", o problema se torna grave quando aqueles que te acrescentavam algo positivo hoje não passam de meros desconhecidos. Eu não posso fazer grandes coisas para ter a amizade das pessoas, eu apenas "sou responsável por aquilo que cativo", admito quando estou errado, mas não posso obrigar as pessoas a se aproximarem de mim, não posso fazer com que me amem, com que gostem da minha cara, somente posso ser eu mesmo, goste ou não. Tô enchendo o saco já, então vou calar a boca novamente, aceitar as mudanças, encarar as realidades, arquivar antigos sonhos e tocar a vida, pelo menos tenho a certeza que depositei muita coisa boa nas pessoas, muitas qualidades, muitos gostos, muitos estilos, muitos dons, muitos passatempos, muitas manias, muitas atitudes (algumas até mesmo ruins), muito do que muitos são hoje é por "culpa" minha e embora isso possa provocar indignação em mim, eu não me arrependo. Espero sinceramente um dia poder viver com todas as pessoas que foram importantes pra mim momentos bons quanto os que passaram, e se isso não acontecer pelo menos que possamos, como diria um grande amigo (Lucas Pinheiro) nos reunir uma vez ao ano, largar a rotina e fazer um churrasco para relembrar tudo que um dia foi chamado de felicidade.
"Mudaram as estações, nada mudou..."


sábado, 14 de abril de 2012

Era isso.

Eu pensei em procurar algum texto, frase ou música que ilustrasse o que eu queria dizer. Antes mesmo de usar o google ou minha lista pessoal de músicas, decidi tornar por minhas próprias palavras a tradução do sentimento.
Confesso não ter dificuldade de expressão nesse assunto, ela me tem!
Não é que eu seja tão confuso a ponto de não poder transpor ao papel o que veloz desenha em meu peito, a verdade é que nem mesmo encontro ferramenta devidamente diplomada para extrair tanta alegria.
Essa verdade que carrego nos olhos é testemunha do sorriso que fixaram nesta face que tanto andava cansada.
Este sorriso que se desfaz as meras tentativas de te falar o quanto parecem eternos os momentos de presença sua.
A cada batida, uma nova melodia é entoada no coração. Uma melodia doce, suave.
Frio e suor se unem como resultado de uma unica ação.
E tudo, movimentos, sons, aromas, sensações, gostos e toques, tudo...Tudo entra em harmonia.
Posso passar horas tentando decifrar os enigmas por trás destes olhos, que mais parecem espelhos refletindo a minha própria imagem. Parece que agora estou aprisionado neste olhar, como um feitiço que não permite um movimento sequer. Pareço estar preso, inexpressivo, mas incontestavelmente feliz, porque se há vazio em meu peito, é porque te presenteei com meu coração.

terça-feira, 27 de março de 2012

sms


Os anjos estão por aí, alguns disfarçados, mas perto de nós. Alguns te fazem chorar, mas é um choro bom e também te fazem sorrir, mas o mais importante te fazem amar e estão sempre com nós. Nos ajudando em cada etapa da vida. E dou graças a Deus por estar falando com um.

Cristian Klug

quinta-feira, 22 de março de 2012

Segundos Diários



Quanto tempo se leva para dizer "eu te amo"?
Quanto tempo se gasta para dizer "você é especial"?
Existe um tempo exato?
Bom, me fiz essas perguntas hoje e resolvi tentar pôr no papel (ou na telinha) o que consegui
como resultado.
Acho que não existe um tempo exato para falar de amor a alguém.
Ou simplesmente falar coisas boas.
"Eu te amo" por exemplo, se falada em tempo normal, com uma boa dicção, sem gagueiras, pausas dramáticas ou qualquer outro tipo de contratempo ou imprevisto, pode levar menos de meio segundo. Mas dependendo do tamanho da declaração pode se levar horas, dias e porque não anos?
É claro, existem várias formas de falar coisas agradáveis a alguém:
Um torpedo sms. Levam por volta de 20 segundos para ser entregue.


Um email, de acordo com o Yahoo Respostas, se for dizendo apenas "oi" levam 6 segundos.
Ou então aquela boa e velha conversa que na verdade não é jogada fora, se dita verdadeira fica guardada na memória e no coração.
Ou seja temos a nossa disposição muitas ferramentas prontas para o uso do bem. Tantos acessos, tantas formas de falar, botar pra fora, fazer surgir sorrisos.
É tão fácil ser bom, não vamos mais usar esse minusculo tempo para falar coisas ruins, para provocar tristeza. Não somos os juízes da humanidade e não temos o direito de sair por aí julgando ninguém. Vamos cultivar mais o amor, vamos ouvir mais ao invés de falar.

Vamos ouvir mais a palavra da'Quele que é único e justo. Vamos aproveitar o tempo, vamos fazer valer o tempo, afinal, segundos passam voando e podemos nos dar de conta quando eles estiverem sendo contados. Vamos limpar mais os nossos pés do que contar as pegadas do outro.
Porque não dedicar segundos diários para fazer o bem?
Porque não nos preocupar mais com a felicidade do próximo, talvez seja no sorriso do outro que encontraremos a receita do nosso.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Anjo - Banda Eva


Acredita em anjo
Pois é, sou o seu
Soube que anda triste
Que sente falta de alguém
Que não quer amar ninguém.

Por isso estou aqui
Vim cuidar de você
Te proteger, te fazer sorrir
Te entender, te ouvir
E quando tiver cansada
Cantar pra você dormir.

Te colocar sobre as minhas asas
Te apresentar as estrelas do meu céu
Passar em Saturno e roubar o seu mais lindo anel.

Vou secar qualquer lágrima
Que ousar cair
Vou desviar todo mal do seu pensamento
Vou estar contigo a todo momento
Sem que você me veja
Vou fazer tudo que você deseja.

Mas, de repente você me beija
O coração dispara
E a consciência sente dor
E eu descubro que além de anjo
Eu posso ser seu amor.

segunda-feira, 12 de março de 2012

. . .


Tenho certeza qe virá um tempo em que vou te fazer rir muito, aos montes, em meio a tantas lagrimas de alegria que como a chuva bate no telhado farão um barulhinho bom aos meus ouvidos.

Distante

Tô indo.
Tudo tá ficando pra trás.
As coisas não são como antes.
Outros ocuparão meu lugar.
Muitos já ocuparam.
Tudo tá ficando longe.
Tudo tá ficando distante.
Tudo tá se perdendo.
E cansei de lutar.
Tô indo.
E não conheço o caminho.
Não sei se vou poder voltar.
E não é que eu queira ir, eu tenho que ir.
A vida me empurrou.
E agora, tô indo.
Desejo bons momentos aos que ficam.
Desejo sorte nessa estrada não conhecida.
Desejo poder visitar as vezes.
Desejo estar a par de tudo.
Mas não sei pra onde vou.
Não sei se poderei ter certas mordomias.
Não sei se serei igual.
Não sei se reconhecerei as pessoas.
Não sei nem se as reconheço.
Não sei nem se me reconheço.
Só sei que é inevitável.
E eu...
Tô indo.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

. . .

Acho que tu tem que escrever. Acho que tu tem que escrever mais. Verdade. Escreve assim bem de verdade, bem sinceridade; fica bonito. Acho que eu to precisando escrever mais.
Sabe por que eu comecei a escrever? Porque eu não sabia me expressar de outro jeito. Sabe, eu continuo escrevendo. Tem aquelas coisas que a gente não sabe dizer e aquelas que a gente não sabe pra quem dizer. E tem as coisas que a gente simplesmente precisa dizer. Digo, escrever.
Tenho um punhado de textos que eu escrevi pra mim mesma. Um caderninho, pra ser mais exata. Às vezes, eu pego e leio de novo; e lembro de tudo que me fez escrever aquilo naquele momento.
Já pensei em colocar aqueles textos no blog. Mas, não dá. Eu fiz o blog pra me obrigar a escrever coisas novas. Pra escrever. Porque é bom escrever.
Aliás, acho que tu tem que escrever mais. Não, tu escreve bastante, acho. Não sei. Não importa. Só acho que tu tem que continuar escrevendo. Sinceridade.

Texto que a Raquel Amsberg de Almeida fez pra mim de aniversário, tá não era bem de aniversário, mas é um presente e tanto. Obrigado! E não deixem de seguir o blog dela (:

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Cai o pano.


Posso me refazer, posso ser quem eu quiser, posso criar e dar vida a aquilo que não é real. Posso mudar, e fazer de verdade o que talvez possa ser apenas um sonho. Tenho a possibilidade de doar o corpo para que algo tenha vida, e usá-lo como instrumento em cena.
Nada mais é palco, nada mais é cortina, nada mais é luz; tudo torna-se vida. Assim posso emocionar, tenho o poder de arrancar risos, derramar lágrimas e manipular qualquer tipo de emoção. Ouvir o aplauso, sentir o calor do público, ver sorrisos, risos, tudo isso é realmente mágico, porém completamente real. Nessas horas quando a glória toma seu lugar, sinto-me triste, porque não sou eu, não tenho mérito algum, minha expressão, meus movimentos e minha voz foram apenas usados por outro ser, por outro personagem, e aí me sinto inferior.
De que vale construir personagens se quando preciso desse dom sou incapaz de fugir da realidade, sou incapaz de mudar de sentimento, de fazer minha própria expressão, sou incapaz de me esconder do meu personagem principal?

Texto dedicado a amiga, atriz, cristã, publicitária, escritora, Raquel Amsberg, que deu apoio e coragem pra postar esse texto. Você é especial!

Acompanham e sigam http://escrevote.blogspot.com/ de Raquel Amsberg.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Solidão


Estúpida sensação que inunda os olhos fazendo jorrar lagrimas de dor.
Parece que é dona de tudo que é meu, de tudo que me faz pensar de tudo que me faz sentir.
Não se identifica, apenas se faz presente, irônica em meio ao vazio.
Torna-me seu, aos poucos, fazendo-me esquecer da própria e verdadeira identidade.
Desperta desejos, aflições, amores.
Faz pulsa forte, correr depressa. Sangue. Lágrimas.
Não é tão má. Me livra de decepções, de fracassos.
Falsidade. Hipocrisia.
E me liberta de todos, de todos que me prendem, de todos que cuidam, que zelam, que olham, que falam, que admiram, que amam. Me livra de tudo que nunca existiu.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Eu te amo - Chico Buarque

Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir

Ah, se ao te conhecer
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir

Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir

Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu

Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu

Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios ainda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair

Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir.

domingo, 22 de janeiro de 2012

As águas...











que molham as roupas do varal...
que mudam planos...
que adiam festas...
que cancelam jogos...
que estragam férias...
que causam indignação...
que prendem jovens em casa...

São as mesmas águas...

que refrescam o calor...
que irrigam lavouras...
que trazem sustento...
que geram energia...
que dão vida...
que impedem mortes...
que enchem lagos...
que matam a sede...
que causam alegria...
que prendem jovens em casa, fazendo-os passar pelo menos um dia numa companhia que não é eterna, e que não se compara nem mesmo ao mais belo dia de sol, a família.






. . .

Para as coisas importantes, nunca é tarde demais, ou no meu caso, muito cedo, para sermos quem queremos. Não há um limite de tempo, comece quando quiser. Você pode mudar ou não. Não há regras. Podemos fazer o melhor ou o pior. Espero que você faça o melhor. Espero que veja as coisas que a assustam. Espero que sinta coisas que nunca sentiu antes. Espero que conheça pessoas com diferentes opiniões. Espero que tenha uma vida da qual se orgulhe. Se você achar que não tem, espero que tenha a força para começar novamente.

"O Curioso Caso de Benjamin Button"

sábado, 21 de janeiro de 2012

Insônia

No mínimo curioso. Troco o dia pela noite. É silencioso, privado, singular e tão meu que posso ter as estrelas e a lua inteiras pra mim. As horas parecem passar em um suspiro, quando me dou conta o sol tomou seu lugar no céu. Nunca é solitário, mesmo que só, estou rodiado de tudo que eu gosto e que me quer: páginas em branco, acordes não usados, um cabo que me liga ao resto de mundo lá fora e a geladeira todinha me esperando. O que mais eu preciso? Tenho tudo ao meu alcance. Não!
Um intruso, o desconhecido me fez ver com outro olhar. Parece que vou mudar a rotina. Parece que outros gostos vão me fazer provar. É tão real quanto, pra mim, era o som do violão. Porém fala outra língua. Sua voz é doce, meiga, não posso escutar, mas a sinto beijando os meu ouvidos. Suas palavras virtuais invandem meu coração, e mesmo separados por quilometros de distância, e ainda mecanizados através de uma tela, posso provar da sua companhia. Sua presença e seu calor estão tão presentes em mim quanto o sangue que pulsa nas veias a cada linha que remete a mim. Seu rosto está estático, paralisado como num quadro, mas é facil enxergar seus movimentos, é possível ver ser sorriso e suas expressões como as ondas de um mar azul, que derrubam castelos feitos de areia. Me sinto bem, familiarizado, a vontade, me sinto em casa.

Espera, ela fala a minha língua, diferente de todos os antigos amigos que dividiam as horas debaixo da imensidão do escuro céu. Mas porque estou com medo? Porque me sinto tão diferente dessa criatura que é parcialmente igual a mim?
Droga! Eu aprendi a esquecer a minha verdadeira língua. Aprendi a não esperar das pessoas palavras sinceras, verdadeiras e amigas. E agora estou aqui, de frente com tudo que um dia eu lutei para ver no mundo, sem poder retribuir, sem poder repartir, por que eu me tornei um deles.
Não posso deixar com que ela petrifique seu coração também. Não posso permitir que abandone sua verdadeira face, é hora de mudar, é hora de ter o amor ao meu alcance. E parece que o seu amor me alcançou.
Os bons ainda existem, e é por esses que há o amor.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Conhecer-me

Passamos boa parte do tempo querendo entender as pessoas. Tentando decifrar o que está por trás dos seus atos, do seu modo de pensar e agir. Adoramos comparar, analisar e opinar a respeito daquilo que modula a cabeça das pessoas.
Muitas vezes, julgamos sem ao menos conhecer de verdade, sem nem se quer sabermos o nome de alguém. E outras tantas vezes ficamos admirados com pessoas que na verdade não passam de criaturas que criamos na nossa mente, personagens que ganham vida apenas no nosso interior.
E nós? Estamos dedicando tempo para nos observar? Ou será que somos perfeitos o suficiente para recusar uma vistoria em nosso coração. É preciso primeiro conhecer a nós mesmos para tentar entender o que está lá fora. É preciso redescobrirmos a essência que nos molda para então lapidar o mundo que desejamos ter. É hora de mudar. Já é tempo de lavar o rosto do passado e enxugar as mãos para começar um novo trabalho. Abra seu coração e deixe a alegria entrar, mostre ao outros que a capacidade de amar é maior do que a de julgar.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Quintal - Acústicos e Valvulados


Cabelo fora do lugar, modelo regular
Ela veio me mostrar que o céu é doce
Mais doce do que a sensação, velocidade som
Bem mais doce do que a sorte que me faz cantar

A melodia colorida pra esquecer
O mundo livre que não deixa inventar
A fantasia que promove o temporal
E a calmaria plena no meu quintal

Não fez silêncio pra escutar, urgência singular
Ela veio me mostrar que o céu é doce
Tão doce quanto a luz solar, conquista devagar
Bem mais doce do que a sorte que me faz cantar

A melodia colorida pra esquecer
O mundo livre que não deixa inventar
A fantasia que promove o temporal
E a calmaria plena no meu quintal

sábado, 14 de janeiro de 2012

Apenas Uma Noite de Inverno!

Naquela noite, apenas mais uma noite fria e chuvosa de inverno, é... poucas estrelas, onde você está deitado, no escuro pensando naqueles momentos, que provavelmente não vão mais voltar... momentos bons ou ruins, aqueles inesquecíveis, você lembra, e as lágrimas surgem, e junto com elas, a saudade, de alguém, que te faz falta. Nessa hora, tudo passa pela sua cabeça, você lembra de tudo. Você fica confuso. Uma música faz você chorar.
Uma lembrança te faz sofrer. E o momento te faz pensar, que tem coisas que você nunca vai conseguir esquecer. O que te fazia feliz, hoje talvez não faça nem sentido. O que te fazia sorrir, hoje te faz chorar. O medo que você superou, uma pessoa que você esqueceu e outra que você conheceu... Lembrar de pessoas que você foi obrigado a esquecer, ou daquelas que você esqueceu por conta do tempo. Coisas que você não controla. Aquele momento em que as lágrimas são mais fortes, e que você às deixa cair, até sem perceber. E elas vão caindo... molhando seu travesseiro... e chega uma hora em que ele está encharcado, de lágrimas de saudade, de sofrimento... de amor. Aquele momento em que você precisa ficar sozinho, aquele tempo que você precisa pra pensar. Aquela hora que você precisa fazer com que alguma coisa tenha sentido...
Bom, como diria Cazuza: "Saiba que ainda estão rolando os dados, porque o tempo, o tempo não para." É, o tempo não para, e sim, continua, seja com lágrimas, seja com sorrisos, seja sozinho ou acompanhado... E tudo vem na sua cabeça, em apenas uma noite fria de inverno.

Texto de Carol Centeno
Acompanhe suas confissões: Confissões de uma Adolescente

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Lisbela - Los Hermanos

Eu quero a cina de um artista de cinema
Eu quero a cena onde eu possa brilhar
Um brilho intenso, um desejo, eu quero um beijo
Um beijo imenso, onde eu possa me afogar
Eu quero ser o matador das cinco estrelas
Eu quero ser o Bruce Lee do Maranhão
A patativa do Norte, eu quero a sorte
Eu quero a sorte de chofer de caminhão

Pra me danar por essa estrada, mundo afora, ir embora
Sem sair do meu lugar
Pra me danar, por essa estrada, mundo afora ir embora
Sem sair do meu lugar
Ser o primeiro, ser o rei, eu quero um sonho
Moça donzela, mulher, dama, ilusão
Na minha vida tudo vira brincadeira
A matinê verdadeira, domingo e televisão
Eu quero um beijo de cinema americano
Fechar os olhos fugir do perigo
Matar bandido, prender ladrão
A minha vida vai virar novela

Eu quero amor, eu quero amar
Eu quero o amor de Lisbela
Eu quero o mar e o sertão
Eu quero amor, eu quero amar
Eu quero o amor de Lisbela
Eu quero o mar e o sertão

Fim de tarde com você - Acústicos e Valvulados

Nunca mais abro a janela do meu quarto
Num dia cinza
Sei que o sol fica dormindo atrás das nuvens
Não ilumina

Nem penso muito no que pode acontecer
Enquanto arrumo
Todas as coisas que eu sinto
O meu passado e o meu destino
E espero que o fim da tarde venha com você

Resisto mas escuto bem o som dos carros
Na avenida
Quero mais é descansar com meu cigarro
No andar de cima

Nem penso muito no que pode acontecer
Enquanto arrumo
Todas as coisas que eu sinto
O meu passado e o meu destino
E espero que o fim da tarde venha com você

Sem pressa risco no papel uns poucos traços
Pra despedida
Do que me leva a cantar assim tão baixo
E me alucina

Nem penso muito no que pode acontecer
Enquanto arrumo
Todas as coisas que eu sinto
O meu passado e o meu destino
E espero que o fim da tarde venha com você

Surpresa


Você teve uma surpresa hoje? Recebeu um presente inesperado de alguém? Ganhou a megassena acumulada? Ou simplesmente encontrou uma carteira rechonchuda de dinheiro? Não?! Será que é porque você é azarado? Porque a sorte nunca está com você? Ou porque costuma procurar nos lugares errados? Deus fez um mundo inteirinho cheio de surpresas em cada pedacinho de chão, em cada partícula de ar, em cada gesto, em cada sensação, em cada elemento.
Agora é a nossa vez, sorria, ajude, ame. Surpreenda!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Seja bem vinda, noite.


Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo isso não tem muita importância.
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.

William Shakespeare

Durma com Deus


Em meio a escuridão, uma luz faz refletir a vontade de lutar;
Possibilita coragem, alcance para chegar em outro mundo;
Trás calma ao coração aflito, e pode espantar o mais feroz dos medos.
É tão grande que não se pode imaginar;
É estranho, é invisível, é imperceptível, é real.
Não se pode abraçar, nem ao menos tocar,
mas se sabe que está em todos os tempos, em todos lugares, e que cuida, olha, protege, ama.
Tão grande, tão forte, tão longe de nós, que somos pequenos e fracos.
Maior que a distância é o seu amor, que é incalculável.
Apesar das diferenças, das deficiências tão nossas que nos deixam longe,
é tão simples, fácil e bonito escutar sua voz.
Basta apenas fechar os olhos, abrir o coração e deixar com que Deus venha visitar.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Gentiliza

José Datrino nasceu em Cafelândia, São Paulo, no dia 11 de abril de 1917. Era de família humilde e desde criança ajudava no campo, no gado e na venda de lenha. Mas havia algo que o diferenciava de seus onze irmãos, por volta dos treze anos de idade, passou a ter premonições sobre sua missão na terra, na qual acreditava que um dia, depois de construir sua família e adquirir bens, deixaria tudo em prol de seu destino.


No dia 17 de dezembro de 1961, na cidade de Niterói, houve um grande incêndio no circo
"Gran Circus Norte-Americano" que tirou a vida de pelo menos 350 pessoas, a maioria crianças.
Na antevéspera de natal, seis dias após o incêndio, José acordou alegando ter ouvido vozes que o mandavam largar o mundo material e se dedicar apenas ao mundo espiritual. Então, pegou um de seus caminhões e foi para o local do incêndio. Plantou jardim e horta sobre as cinzas que um dia foram palco de tantas alegrias e também de muita tristeza.

Aquela foi sua morada por quatro anos. Lá ele mostrou para as pessoas o real significado das palavras agradecido e gentileza. Foi um consolador voluntário, que confortou os familiares das vítimas da tragédia com suas palavras de bondade. E daquele dia em diante, passou a se chamar ''José Agradecido'' ou ''Profeta Gentileza''.

Após deixar o local que foi denominado "Paraíso Gentileza", o profeta começou a sua jornada como personagem andarilho. A partir de 1970 percorreu toda a cidade.
Era visto nas ruas, nas praças, nas barcas de travessia entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói, em trens e ônibus, fazendo sua pregação e levando palavras de amor, bondade e respeito pelo próximo e pela natureza a todos que cruzassem seu caminho. Aos que o chamavam de louco, ele respondia: "Sou maluco para te amar e louco para te salvar".
A partir de 1980 escolheu 56 pilastras do Viaduto do Caju, que vai do Cemitério do Caju até a Rodoviária Novo Rio, numa estenção de aproximadamente 1,5 Km. Ele encheu as pilastras do viaduto com inscrições em verde-amarelo propondo críticas do mundo e sua alternativa ao mal-estar da civilização.

Em 28 de maio de 1996, aos 79 anos, faleceu.
Com o decorrer dos anos os murais foram danificados por pichadores, sofreram vandalismos, e mais tarde cobertos com tinta de cor cinza. A eliminação da inscrições foi criticada e posteriormente com a ajuda da prefeitura do Rio de Janeiro, foi organizado o projeto Rio com Gentileza, com o objetivo de restaurar os murais das pilastras. Começaram a ser recuperadas em janeiro de 1999 e em maio de 2000, a restauração das inscrições foi concluída e o patrimônio urbano carioca foi preservado.

Gentileza foi interpretado em participação especial pelo ator Paulo José, na novela Caminho das Índias, exibida pela Rede Globo de janeiro a setembro de 2009 e também foi homenageado na música pelo cantor Gonzaguinha, nos anos 80 e também pela cantora Marisa Monte, nos anos 90. As duas canções levam o nome Gentileza.



segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Paciência - Lenine


Mesmo quando tudo
pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo
pede um pouco mais de alma
A vida não para...

Enquanto o tempo
acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida não para

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo
pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo
pede um pouco mais de alma
A vida não para
A vida não para não...

Eu, você. Você, eu.

Esse blog é um espaço reservado para palavras. Palavras que possam criar um conflito, que façam pensar ou até mudar uma direção. Mas para isso é necessário um notável esforço: Segundos Diários.
Recentemente uma pesquisa revelou quanto tempo gastamos na frente de uma tela, seja de celular, televisão ou computador. O fato é que gastamos muito tempo com isso.
A pesquisa foi feita com garotos de 8 a 18 anos a nível nacional, e revela que são gastos cerca de 7 horas e 38 minutos na frente de telas ou monitores, todos os dias.
E nós queremos apenas alguns segundos desse tempo.

Prazer! E seja bem vindo ao Segundo os Diários.