quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Viva depressa


Quase 20. Faltam poucos dias. Poucos dias para comemorar mais um ano de vida. Ou seria menos um ano para o dia da morte? E se faltassem poucos dias para comemorar mais um ano de vida no mesmo dia da morte? Não seria mais um ano de vida. Mas poderia ser cômico, sarcástico, irônico! Poderiam haver convites com uma mensagem bonita, falando de coisas bonitas, coisas novas que escondem atrás das palavras as rugas de uma vida curta de apenas 20 anos. Rugas de alma, rugas de coração. Poderia haver uma festa, com música calma, decoração em flores, lágrimas, e velas. Haveria surpresa de alguns ao saber, como quem descobre que seu amigo está fazendo aniversário. Haveriam muitos presentes, todos iguais, diferindo apenas suas cores, formas e cheiros. Alguns diriam: "Coitado, tão novo. Diferente daqueles que costumam dizer: "Ah, tás ficando velho! Alguns ficariam triste mas sei que muitos ficariam felizes. Quem sabe eu? Quem sabe? Poucos dias... Nunca se sabe quantos dias ainda restam. Não podemos saber qual é o nosso tempo...Mas, podemos parar ele a qualquer momento. 
"Viva depressa, morra jovem!" - A Chave Mestra.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Deixei a porta aberta

Joguei fora as chaves e deixei a porta aberta. Estou preso na minha própria liberdade. Estou solto para fazer o que quiser, posso saciar todas as vontades. Menos uma. Deixei a porta aberta, se tu quiseres entrar, não precisa nem bater. Aquele quarto que antes tinha vergonha de mostrar, agora está vazio esperando tu chegar. Podes vir a qualquer hora, ficarei aqui esperando...Esperando...Esperando. Espera, a culpa foi minha. Eu sei que foi. Mas eu ainda estou aqui pra tentar acertar. Pra deixar no passado aquele cara que pouco se fez diferente de tantos outros na multidão. Meus dedos cansados de tocar para ti. Minha voz já rouca de cantar sem tu ouvir. Meus olhos secos igual pó já não derramam mais lágrimas, mas ainda buscam ao horizonte enxergar teu sorriso adentrando minha porta como um raio de luz por meio as frestas. Este dezembro é o mais frio de todos, já que estás a aquecer outro abraço. Um abraço que já foi meu, um perfume que já adormeceu comigo, um olhar que poucos viram, mas que estará na minha memória até onde Deus permitir, até quando existir forças para lembrar, até o dia em que o vento irá fechar a porta que deixei aberta esperando tu voltar.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Eu hoje fui na praça


Eu hoje fui na praça. Aquela em que costumava ir. Fiquei lá sentado observando. Não parecia o mesmo lugar que eu frequentava, estava escura, vazia, fria. Talvez fosse o ângulo em que eu estava, eu nunca estive ali. Via tudo de fora e pude perceber cada ato que ali foi representado. Vi amigos jogados na grama, brincando depois de terem bebido batida de coco e também pude ver o vômito no chão. Vi um beijo sendo roubado sob a luz de uma das luas mais bonitas. Vi pulos, corridas, alongamentos e jumps sendo praticados com uma gana de vencer os próprios limites. Ouvi o som do violão sendo entoado pelos primeiros três acordes aprendidos. Senti cheiro de fumaça, de perfume. Presenciei até uma abordagem policial, talvez a mais inocente de todas, pegos em flagrante cometendo um crime hediondo: Andar de gangorra e escorredor em meio a flashes que capturavam momentos de pura diversão. Pude ouvir as risadas, os gritos histéricos, a distorção da guitarra elétrica, aplausos, rolamento de skate, silêncio. Silêncio. Tudo estava quieto. Somente o vento fazia as folhas mexerem. Os tocos de cigarro que caiam entre os dedos podiam até ensurdecer. A solidão estava à me acompanhar. Tudo aquilo que presenciei naquele local agora era passado. Tinha ficado em um outro tempo onde eu podia dizer que era feliz. Ali estava eu sentado sobre as minhas mãos que antes segurava outra, e outra, e outra... Segurava a amizade acima de tudo, acima de qualquer momento feliz, acima de qualquer experiência repartida, acima de todos os planos ali pensados. Agora eu estava só, não sentia mais o calor do abraço, mas sim o frio do vento batendo nas minhas lágrimas.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

...Na primavera ou em qualquer das estações...


Algumas vezes sinto muita raiva, outras uma profunda tristeza por saber que não sou nada além de uma simples alma vivente que só tem algum valor mesmo para Aquele que nunca me desapontou, por outro lado sei que se Deus está comigo eu nada devo temer. Acontece que simplesmente eu não consigo entender as pessoas, talvez da mesma forma como muitos não me entendem. E toda essa falta de entendimento, de reconciliação resulta num medo insuportável de perder todos à minha volta. Como muitos comentários que ando lendo, eu também queria "parar de pensar", "parar de lembrar" o quanto foi bom ter a amizade de muitas pessoas, essas que acreditei com todas as forças que seria para sempre, que seria de irmão mesmo, e hoje preciso controlar a raiva, segurar a lágrima e perder a esperança de receber ao menos um sorriso, um oi, um passeio, uma janta, um violão, um filme, um abraço... Não, acredite, eu nunca fiz nada pra receber em troca, mas a falta dessa reciprocidade mostra, ou pelo menos me faz entender que muitos daqueles que tiveram minha total dedicação não se importam o suficiente para fazer por mim oque eu fiz, isso dói bastante. O simples fato de omitir problemas como se eu fosse tanto um "merda" que não é capaz de dar um conselho, de estender a mão me desarma, me desaba e faz com que eu crie na minha cabeça meu próprio perfil, e vai por mim, ninguém gostaria de se achar assim. Fico com raiva de mim mesmo por estar escrevendo isso aqui, mas isso é o de menos pra tudo que tenho vivido nas ultimas semanas, se aqueles que considerei eternos amigos não ligam pra mim, os outros que pensem oque quiserem. Costumava dizer que "tenho que me preocupar com a opinião de quem me acrescenta algo positivo, o resto que engulam suas críticas", o problema se torna grave quando aqueles que te acrescentavam algo positivo hoje não passam de meros desconhecidos. Eu não posso fazer grandes coisas para ter a amizade das pessoas, eu apenas "sou responsável por aquilo que cativo", admito quando estou errado, mas não posso obrigar as pessoas a se aproximarem de mim, não posso fazer com que me amem, com que gostem da minha cara, somente posso ser eu mesmo, goste ou não. Tô enchendo o saco já, então vou calar a boca novamente, aceitar as mudanças, encarar as realidades, arquivar antigos sonhos e tocar a vida, pelo menos tenho a certeza que depositei muita coisa boa nas pessoas, muitas qualidades, muitos gostos, muitos estilos, muitos dons, muitos passatempos, muitas manias, muitas atitudes (algumas até mesmo ruins), muito do que muitos são hoje é por "culpa" minha e embora isso possa provocar indignação em mim, eu não me arrependo. Espero sinceramente um dia poder viver com todas as pessoas que foram importantes pra mim momentos bons quanto os que passaram, e se isso não acontecer pelo menos que possamos, como diria um grande amigo (Lucas Pinheiro) nos reunir uma vez ao ano, largar a rotina e fazer um churrasco para relembrar tudo que um dia foi chamado de felicidade.
"Mudaram as estações, nada mudou..."


sábado, 14 de abril de 2012

Era isso.

Eu pensei em procurar algum texto, frase ou música que ilustrasse o que eu queria dizer. Antes mesmo de usar o google ou minha lista pessoal de músicas, decidi tornar por minhas próprias palavras a tradução do sentimento.
Confesso não ter dificuldade de expressão nesse assunto, ela me tem!
Não é que eu seja tão confuso a ponto de não poder transpor ao papel o que veloz desenha em meu peito, a verdade é que nem mesmo encontro ferramenta devidamente diplomada para extrair tanta alegria.
Essa verdade que carrego nos olhos é testemunha do sorriso que fixaram nesta face que tanto andava cansada.
Este sorriso que se desfaz as meras tentativas de te falar o quanto parecem eternos os momentos de presença sua.
A cada batida, uma nova melodia é entoada no coração. Uma melodia doce, suave.
Frio e suor se unem como resultado de uma unica ação.
E tudo, movimentos, sons, aromas, sensações, gostos e toques, tudo...Tudo entra em harmonia.
Posso passar horas tentando decifrar os enigmas por trás destes olhos, que mais parecem espelhos refletindo a minha própria imagem. Parece que agora estou aprisionado neste olhar, como um feitiço que não permite um movimento sequer. Pareço estar preso, inexpressivo, mas incontestavelmente feliz, porque se há vazio em meu peito, é porque te presenteei com meu coração.

terça-feira, 27 de março de 2012

sms


Os anjos estão por aí, alguns disfarçados, mas perto de nós. Alguns te fazem chorar, mas é um choro bom e também te fazem sorrir, mas o mais importante te fazem amar e estão sempre com nós. Nos ajudando em cada etapa da vida. E dou graças a Deus por estar falando com um.

Cristian Klug

quinta-feira, 22 de março de 2012

Segundos Diários



Quanto tempo se leva para dizer "eu te amo"?
Quanto tempo se gasta para dizer "você é especial"?
Existe um tempo exato?
Bom, me fiz essas perguntas hoje e resolvi tentar pôr no papel (ou na telinha) o que consegui
como resultado.
Acho que não existe um tempo exato para falar de amor a alguém.
Ou simplesmente falar coisas boas.
"Eu te amo" por exemplo, se falada em tempo normal, com uma boa dicção, sem gagueiras, pausas dramáticas ou qualquer outro tipo de contratempo ou imprevisto, pode levar menos de meio segundo. Mas dependendo do tamanho da declaração pode se levar horas, dias e porque não anos?
É claro, existem várias formas de falar coisas agradáveis a alguém:
Um torpedo sms. Levam por volta de 20 segundos para ser entregue.


Um email, de acordo com o Yahoo Respostas, se for dizendo apenas "oi" levam 6 segundos.
Ou então aquela boa e velha conversa que na verdade não é jogada fora, se dita verdadeira fica guardada na memória e no coração.
Ou seja temos a nossa disposição muitas ferramentas prontas para o uso do bem. Tantos acessos, tantas formas de falar, botar pra fora, fazer surgir sorrisos.
É tão fácil ser bom, não vamos mais usar esse minusculo tempo para falar coisas ruins, para provocar tristeza. Não somos os juízes da humanidade e não temos o direito de sair por aí julgando ninguém. Vamos cultivar mais o amor, vamos ouvir mais ao invés de falar.

Vamos ouvir mais a palavra da'Quele que é único e justo. Vamos aproveitar o tempo, vamos fazer valer o tempo, afinal, segundos passam voando e podemos nos dar de conta quando eles estiverem sendo contados. Vamos limpar mais os nossos pés do que contar as pegadas do outro.
Porque não dedicar segundos diários para fazer o bem?
Porque não nos preocupar mais com a felicidade do próximo, talvez seja no sorriso do outro que encontraremos a receita do nosso.